sábado, 30 de janeiro de 2010

CARBURADOR: LIMPEZA E CONSERVAÇÃO - FONTE: http://www.omecanico.com.br/modules/revista.php?recid=186&edid=18



FONTE: http://www.omecanico.com.br/modules/revista.php?recid=186&edid=18

De volta ao carburador
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Acompanhe o procedimento de desmontagem e o ajuste do ponto de bomba do motor Cummins Euromec III, que apesar de não ser eletrônico atende às normas de emissões da Euro III

Carolina Vilanova


Quem não se lembra do bom e velho carburador? Principal componente do sistema de alimentação de um veículo e com funcionamento totalmente mecânico, o carburador tinha a função de misturar o combustível que vem do tanque com ar aspirado pelo coletor de admissão e enviar essa mistura para o motor na medida adequada às condições do motor para que seu desempenho e consumo sejam perfeitos.

O funcionamento de um carburador acontece por meio do ar aspirado pelo pistão, que passa em alta velocidade pelo difusor e aspira combustível que vem da cuba. A borboleta de aceleração está ligada ao pedal do acelerador, é o componente que dosa a quantidade de mistura (ar/combustível) que o motor precisa.

Essa mistura deve ter a proporção adequada para que o motor tenha boa performance e consumo normal de combustível. As misturas são classificadas em limite pobre, mistura econômica, mistura de potência máxima e limite rico; e influem diretamente no comportamento do propulsor.

O instrutor do SENAI-Ipiranga, Reinaldo da Silva, explica que, assim como outros sistemas do veículo, o carburador foi obrigado a evoluir para acompanhar os avanços da indústria automotiva e obedecer às exigências de redução de emissão de poluentes na atmosfera. "Foi então que surgiram os carburadores do tipo duplo estágio e eletrônico, até que a injeção eletrônica foi incorporada nos veículos".

No interior do carburador

O instrutor explica que existem diversos modelos de carburadores, que variam em função da potência e do tipo de aplicação na qual é utilizado. "O carburador simples tem a alimentação do combustível feita nos quatro cilindros; o de estágio duplo é mais avançado tecnologicamente e alimenta dois cilindros por vez; e o de estágio duplo progressivo, na qual um funciona quando o carro está em baixa rotação e o outro quando o motor está em alto giro", completa.

A carburação é um processo que começa no carburador e termina na câmara de combustão, além disso sofre influencia de diversos fatores e componentes, como pressão atmosférica, filtro de ar, coletor de admissão, comando de válvulas, válvulas, ignição, estado de conservação do motor, sistema de arrefecimento, combustível etc.

Dentro do carburador trabalham seis sistemas, são eles:

o sistema de alimentação: controla a entrada de combustível na cuba através da bóia e da válvula estilete

o sistema de marcha lenta: mantém o motor em funcionamento em baixa rotação

o sistema principal: mantém a alimentação da marcha lenta até a alta rotação

o sistema de aceleração rápida: quando é necessário o aumento de rotação rapidamente

o sistema suplementar ou de potência: mantém o motor na aceleração máxima

o sistema de partida a frio: que atua para facilitar o funcionamento do motor de manhã ou com temperatura menor de 18ºC.

Desmontagem

A manutenção periódica do carburador deve ser realizada a cada 30 mil km e consiste em uma revisão com desmontagem e limpeza de todos os componentes, além da regulagem ao término da manutenção. Além disso, as trocas de óleo e filtro fazem parte da manutenção do carburador. As ferramentas utilizadas para a desmontagem do carburador são simples, como chave de boca e chaves de fenda, etc.

O carburador utilizado nessa matéria é o H30 Pic, que equipa o VW Fusca, a Brasília e a Kombi, um modelo do tipo "corpo simples", desenvolvido para equipar os motores arrefecidos a ar. É importante prestar atenção na chapa de identificação da peça, onde é demonstrado o número do carburador, o modelo do carro que equipa e as especificações das peças para substituição.

Os principais sintomas de que o carburador precisa de manutenção são: falha de desempenho, consumo alto, não dá regulagem de marcha lenta falha na aceleração rápida etc.

1) Remova o carburador soltando os parafusos e desconectando o cabo do afogador e as mangueiras. Depois, apoie a peça firmemente numa morsa e comece o processo de desmontagem, retirando a mola de retorno do acelerador.

2) Em seguida, retire o gargulante, ou gicleur, e desmonte-o para retirar a agulha magnética (2a).

22A

3) Remova a tampa do carburador e com cuidado retire a haste que liga a borboleta de aceleração.

4) Na tampa, com uma chave de boca, desaperte e retire a válvula estilete, também chamada de válvula da bóia.

5) O próximo passo é desencaixar, com cuidado, a bóia de gasolina do carburador, um dispositivo localizado dentro da cuba para medir o nível de gasolina.

6) Desaperte a manga misturadora, responsável por medir a quantidade de ar e combustível do sistema marcha lenta e principal, entre outros.

7) Em seguida, retire a tampa da bomba de aceleração para ter acesso ao diafragma e à mola de retorno.

8) Remova a agulha de regulagem da mistura da marcha lenta. Na hora de regular esse componente, tome cuidado para não apertar demais, pois pode provocar danos na agulha. A pré regulagem tem que voltar de 2 a 3 voltas.

9) Desaperte o porta-gliceur e retire o principal, que controla a dosagem do combustível para a mistura correta, e depois, com cuidado, retire-o do alojamento. (9A) Não esqueça de trocar as juntas na hora da montagem.

99A

10) Retire agora o gargulante de aceleração rápida, responsável por controlara a quantidade de combustível injetada.


Outros componentes do carburador:

1) A borboleta de aceleração e a borboleta do afogador não precisam ser desmontados, mas devem ser inspecionados atentamente

2) Já a borboleta do afogador funciona logo após a partida a frio enriquecendo a mistura.

3) O difusor, que nesse caso é fundido na carcaça, tem a função de acelerar a velocidade do ar.

Limpeza e aferições

Antes de montar o carburador, as peças devem estar todas limpas e inspecionadas quanto a trincas, empenamentos e folgas, além disso os gangulantes devem estar de acordo com as especificações do fabricante.

As regulagens feitas no veículo são marcha lenta, curso do pedal do acelerado e curso da borboleta do afogador. Na bancada são medidos volume de injeção, nível constante de combustível na cuba, abertura positiva com afogador, alvo de jato, entre outros. O técnico não pode esquecer ao final do trabalho de verificar se a regulagem atende o programa de emissão de poluentes.

1) Verifique a planicidade da base do carburador com um paquímetro.

2) Agora, meça a planicidade da tampa da bomba do acelerador e o seu apoio no carburador. Em seguida, veja a tampa do carburador. (2A)

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Montagem e regulagens

Em primeiro lugar, verifique a tabela do fabricante para conferir os componentes, as medidas e a "giclagem" do carburador.

1) Para saber se a bóia está ou não encharcada é necessário medir seu peso, utilize uma balança de precisão e compare o resultado com a especificação do fabricante.

Acima, gliceur da marcha lenta: calibra o ar e a gasolina; manga misturadora/corretor de ar ; e gicleur principal

2) Faça agora o teste da válvula estilete: coloque 400 mm/Hg de depressão na bomba de vácuo e cheque o ponteiro, que não pode se movimentar por mais ou menos 30s.

3) Com o auxílio do manômetro aplique a pressão especificada pelo fabricante na linha de combustível.

4) Em seguida, retire a tampa do carburador e meça, com o paquímetro, a altura entre o corpo do carburador e o combustível sem retirar a bóia. Caso esteja incorreto, altere o valor da arruela da válvula estilete até o especificado. Essa altura deve ser de 19 + ou - 1 mm, incluindo a altura da junta. Se tiver menos combustível é necessário alterar o valor da arruela (de 0,5 mm até 2 mm).

Verifique agora o volume de combustível injetado, abrindo a borboleta de aceleração até o final e esperando terminar a injeção do combustível, que será depositado num becker graduado. O resultado deve ser de 1,45 ml + ou - 0,2 por cada ciclo, se multiplicado por dez o valor será o seguinte: 14,5 ml + ou - 2 ou cm3.

5) Para alterar o resultado, coloca-se mais ou menos arruelas de regulagem na haste da bomba de aceleração. Volume acima, remove arruelas, volume abaixo, adicione arruelas.

6) Faça agora o teste de abertura positiva com afogador, com a ajuda do cálibre de arame. A abertura positiva tem que ser 0,8 + 0,2 mm

7) Com o carburador já montado no veículo, regule a marcha lenta da seguinte forma: primeiro ligue o motor até que atinja a temperatura de trabalho e verifique a rotação do motor.

8) Continue o processo, acertando a regulagem da mistura ar/combustível da marcha lenta (8A).

88A

9) Não esqueça de fazer o controle da emissão de poluentes.


FONTE: http://www.omecanico.com.br/modules/revista.php?recid=186&edid=18


QUEIMA PERFEITA (VELAS, E LIMPEZA IDEAL DO MOTOR) fonte: FONTE: http://www.omecanico.com.br/modules/revista.php?recid=189&edid=18&topicid=2


FONTE:
http://www.omecanico.com.br/modules/revista.php?recid=189&edid=18&topicid=2

Queima perfeita
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A manutenção preventiva das velas de ignição é primordial para o bom funcionamento do motor, além de contribuir para a redução de poluentes na atmosfera e para a economia de combustível

Carolina Vilanova


Motor falhando, perda de potência, dificuldades ao dar a partida, consumo alto de combustível e excesso de fumaça são alguns dos sintomas que apontam a hora de substituir o conjunto de velas de ignição de um veículo. A manutenção preventiva com revisão periódica dos componentes é o mais indicado para evitar que o carro seja sofra com avarias, já que o preço das peças é acessível e o serviço tem fácil aplicação.

"A função de uma vela de ignição é introduzir a energia de ignição na câmara de combustão e, através da faísca elétrica gerada entre os eletrodos, iniciar a queima da mistura ar/combustível. As velas são responsáveis também por dissipar o calor excedente da câmara de combustão para mantê-la em uma faixa ideal de trabalho, entre 400ºC e 900ºC. Além disso, velas permitem uma partida segura a frio e o bom funcionamento do motor durante a aceleração e em sua plena potência", explica Delfim Calixto, gerente de Marketing de Produtos da Bosch.

De acordo com Calixto, a vida útil das velas é estabelecida na concepção do motor junto às montadoras e sua durabilidade pode variar, de acordo com o veículo, de 15 mil km a 100 mil km rodados.

Existem vários fatores que podem influenciar essa durabilidade e comprometer a eficiência das velas, como filtros de ar e combustível sujos, motor funcionando em baixa rotação por tempo prolongado, ponto de ignição atrasado ou adiantado, cabos de ignição desgastados ou com fugas de corrente, válvulas injetoras defeituosas, e, principalmente, a utilização de combustível de má qualidade, que gera carbonização dos eletrodos, falha de ignição, consumo excessivo, aumento de emissão de poluentes etc.

Por isso, antes de trocar as velas ou mesmo no momento da substituição, verifique também o estado de uso desses componentes, para que assim, todo o conjunto funcione perfeitamente e tenha a durabilidade garantida.

Substituição

A recomendação é que as velas de ignição sejam avaliadas a cada revisão do motor e que sejam trocadas de acordo com as determinações do manual do fabricante do veículo. Na checagem das velas, o reparador deve utilizar um calibrador para se certificar de que a folga entre os eletrodos está dentro das especificações de fábrica.

O técnico precisa avaliar ainda o desgaste excessivo e o arredondamento nos eletrodos, além dos sintomas de falhas e excesso de consumo e de emissões de poluentes do motor. Velas instaladas incorretamente podem causar danos sérios ao motor, como por exemplo, uma vela com comprimento de rosca maior do que o especificado corre o risco de encostar no pistão, assim como o aperto excessivo ou encaixe imperfeito, que além de quebrar a vela, danifica a rosca do cabeçote.

Quando há a necessidade de substituir essas peças, é essencial que todo o conjunto seja trocado - existe uma vela para cada cilindro - e lembrar de inspecionar também os cabos acoplados. Existe no mercado uma ampla linha de velas de ignição, com muitas variações para diversos tipos de aplicações, que apresentam tecnologia de ponta para proporcionar partidas e respostas do motor mais rápidas e seguras, além de reduzir o consumo de combustível e a emissão de poluentes.

Cada motor tem um jogo de velas específico, por isso é necessário atenção na hora da compra e aplicação do produto. Os motores a álcool e Flex Fuel, por exemplo, exigem a utilização de velas geralmente "mais frias", projetadas especialmente para trabalhar em contato com o álcool, combustível mais corrosivo que a gasolina, cuja queima resulta em maior calor na câmara de combustão. Já os motores a gasolina são equipados com as velas geralmente "mais quentes". Os motoristas de veículos movidos a gás natural também devem buscar velas para esse determinado combustível.

O funcionamento ideal do motor depende ainda da manutenção dos sistemas de injeção, troca de filtros, verificação do estado das válvulas injetoras, da bomba de combustível, dos cabos e da bobina de ignição.

Todos esses componentes funcionando em bom estado contribui para que o motor, além ter bom rendimento, seja econômico e não polua o meio ambiente.


Veja alguns defeitos que as velas podem apresentar e as principais causas:

1 - Normal - O pé do isolador apresenta-se amarelo-cinza ou marrom claro. Motor em boas condições - índice térmico da vela correto.

2 - Fuliginosa (carbonização seca) - O pé do isolador, os eletrodos e a cabeça da vela ficam cobertos por uma camada fosca de fuligem preto-aveludada seca. A principal causa é a mistura rica de ar/combustível.

3 - Resíduos leves de chumbo - Resíduo amarelo-escuro no isolador. O pé do isolador coberto com uma fuligem amarelo-clara de aspecto fosco e brilhante. Causado por aditivos antidetonantes no combustível.

4 - Resíduos ou impurezas - Camada cinza grossa no pé do isolador, na camada de aspiração e no eletrodo-massa, de estrutura fofa e cheia de escórias. As causas são aditivos do óleo e do combustível que deixam resíduos na câmara de combustão e na própria vela.

5 - Superaquecimento - Eletrodo central fundido parcialmente. Combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência de uso de vela muito quente

6 - Eletrodos central e massa fundidos - Combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência, por exemplo, de uso de vela muito quente.

7 - Desgaste excessivo do eletrodo central (erosão) - acontece quando passa do tempo de fazer a revisão recomendada para a troca.

8 - Desgaste excessivo dos eletrodos massa e central (corrosão) - causados por presença de aditivos corrosivos no combustível e óleo lubrificante.

9 - Pé do isolador trincado - causado por pressão no eletrodo central como conseqüência do uso de ferramentas inadequadas na regulagem da folga.

10 - Mancha corona - Surgimento de uma mancha escura no isolador cerâmico da vela de ignição. É causado por aderência de pequenas impurezas à região do isolador junto à carcaça, formada por conta de um campo elétrico próximo à extremidade de um condutor sobrecarregado.

Muitos desses defeitos são causados por combustível de má qualidade ou não especificado para o tipo de motor, válvulas com defeito, mistura pobre ou rica demais etc. A troca das velas é essencial nessas situações, além da análise para saber se o dano não foi maior do que parece.


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FONTE:
http://www.omecanico.com.br/modules/revista.php?recid=189&edid=18&topicid=2

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