quarta-feira, 15 de abril de 2009

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Bugue elétrico da Fiat - FOTOS (divulgação)







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Bugue elétrico da Fiat é conceito, mas anda e diverte de verdade

CLAUDIO DE SOUZA - Editor de UOL Carros

No último Salão do Automóvel de São Paulo, uma espécie de bugue verde de ares futuristas chamou a atenção no estande da Fiat. Era o FCC 2, sigla para Fiat Car Concept: um carro-conceito elétrico totalmente desenvolvido no Brasil. Normalmente não se espera ter uma chance real de dirigir um veículos desses. Conceitos e protótipos exibidos em salões costumam ser apenas estudos e showcases de tecnologia - especialmente os que, como o FCC 2, não têm nada de convencional no visual e na proposta.No entanto, menos de seis meses depois de conhecer o FCC 2 no salão paulistano, UOL Carros e outros colegas de imprensa puderam dar uma volta nele, a convite da Fiat. O bugue elétrico anda mesmo - e é bem divertido.

O FCC 2, experimento elétrico da Fiat, durante test-drive na Grande SP: divertido e bom de curva

Desenvolvido no polo tecnológico da Fiat em Minas Gerais, o FCC 2 custou cerca de R$ 1,5 milhão para sair da prancheta e chegar à pista do kartódromo de Aldeia da Serra (SP), onde o experimentamos na semana antes do Carnaval.A proposta do FCC 2 é ecologicamente correta. Seu motor elétrico, alimentado por 93 baterias de íon lítio, não emite poluentes. Grande parte dos materiais usados na carroceria, e até mesmo em peças que obrigatoriamente levam metal na estrutura (como a suspensão), contém fibras e óleos naturais, além de compósito com nanoargila - um substituto da fibra de vidro que inclui argila na fórmula.O propulsor elétrico do "bugue verde" da Fiat gera 80,2 cavalos de potência e torque - disponível desde o momento em que é dada a partida - de 22,9 kgfm.

O gerenciamento é feito com uma adaptação da transmissão automatizada Dualogic, encontrável hoje no Linea e no Stilo. Ela usa apenas duas marchas, além da ré; segundo a Fiat, uma tentativa inicial com cinco marchas não deu certo. Outra "prata da casa" aproveitada no FCC 2 é o bloqueio de diferencial ELD (ou Locker), já usado na linha Palio e Strada. A velocidade máxima do bugue é limitada a 120 km/h.

DivulgaçãoVisual futurista e uso de materiais ecologicamente corretos não impediram bom acerto do carro

LIGA NA TOMADA

A autonomia do FCC 2 é de cerca de 100 km, após ficar ligado por oito horas numa tomada comum de 220 volts. A recarga pode ser total ou parcial. Exemplo: o motorista do FCC 2 pega seu carro de manhã, com "bateria cheia", e dirige 30 km até o escritório. Caso queira contar com 100 km de autonomia na volta para casa, e não apenas 70 km, pode deixar o bugue na tomada enquanto trabalha. O tempo de recarga será proporcional.Embora inspirado num tipo de veículo simples (o bugue), o visual do FCC 2 é extravagante -- como convém a um conceito, mesmo que funcional. Suas linhas parecem inspiradas naqueles veículos de filme de ficção científica em que os personagens dirigem em dunas ou paisagens lunares. É agressivo e futurista. Ao mesmo tempo, possui aquele "bom humor" típico dos bugues. Afinal, aqui no Brasil eles servem para andar na praia, sob o sol escaldante do verão (terrestre).

UOL Carros deu algumas voltas com o FCC 2 numa pista curta e com retas pouco generosas, mas dotada de várias curvas. Antes de começar o trajeto, ainda nos boxes, a primeira coisa que impressionou no carro foi o silêncio do propulsor elétrico, que emite pouco mais que um zumbido. A ignição é feita com uma chave comum. As marchas (há apenas "drive" e a ré) são escolhidas por meio de botões no painel; elas só engatam quando o acelerador é acionado.

NO FUTURO, TALVEZ TODOS SEJAM ASSIM

- Rodas nas extremidades da carroceria e alto torque credenciam o FCC2, segundo a Fiat, para uso off-road;
- Painel tem velocímetro e marcador de potência; câmbio é acionado por botão e tem as opções D (drive) e R (ré);
- A rodagem do "bugue verde" mostra que ele foi bem acertado no que se refere a carroceria, chassis e suspensão - ou seja, no que ele tem de "normal". Com 3,24 metros de comprimento, 1,48 metro de altura e 2,15 metros de entreeixos (atenção, o FCC 2 é uma espécie de roadster, com apenas dois lugares), o FCC 2 pesa 980 kg. Como as rodas de generosas 19 polegadas ficam bem nas extremidades do veículo, ele ganha bons ângulos para situações de off-road. Seu respeitável torque declarado pela fabricante é bastante adequado para esse uso.

POTÊNCIA À VISTA

No que o FCC2 tem de "especial", ou seja, sua propulsão a eletricidade, há algumas peculiaridades. O painel conta com marcador da potência em kilowatts (kW) - vale lembrar que os declarados 80,2 cv equivalem a 59 kW. Cada vez que o acelerador é aliviado, ou quando se aciona o freio, a potência volta imediatamente a zero: é o sinal de que entrou em ação a regeneração da energia cinética liberada pelo conjunto do FCC 2.

O sistema ajuda a manter a carga das baterias, mas não de forma suficiente para ultrapassar os tais 100 km de autonomia. Outra característica do propulsor elétrico é a perda de força à medida que a carga diminui, o que se reflete no desempenho. Nas primeiras voltas UOL Carros atingiu facilmente velocidades em torno de 90 km/h, mas logo depois já era impossível chegar aos 70 km/h. Como não havia mais tempo de pista para recarregar o FCC 2, ele foi passado ao próximo colega já bem "manco".No geral, o FCC 2 é uma grata surpresa. Primeiro, porque mostra as possibilidades dinâmicas e de produto de um carro 100% elétrico - embora a Fiat descarte ter planos de comercialização de qualquer coisa que possa originar-se do "bugue verde".

Segundo, porque tal exibição de capacidade criativa e tecnológica, que sem dúvida aponta para o futuro da mobilidade urbana, veio de onde menos se esperava. Afinal, não são da Fiat o Volt - é da General Motors - e as principais experiências híbridas (funcionais) e elétricas (conceituais) do mercado e dos salões - são das marcas japonesas. Repetindo: uma grata surpresa.

Bugue elétrico da Fiat na pista

A jornalista Anelisa Lopes, editora do site iCarros, mostra o protótipo FCC2, da Fiat, um bugue elétrico feito com fibras naturais renováveis e nanotecnologia. Com espaço para dois ocupantes, o Bugster, como é chamado pela fabricante, possui câmbio automatizado Dualogic, controlado por meio de botões no painel, e motor movido a baterias de íon-lítio, que pode ser carregado em uma tomada 220V, tem autonomia de 100 quilômetros, empurra o conceito até os 120 km/h e se mantém silencioso. Mais detalhes sobre o bugue-conceito aqui em UOL Carros.




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